segunda-feira, 18 de agosto de 2014

E o que é esse tal de banho de água fria e gelo?

Olá pessoal! Hoje vim falar sobre um assunto que está movimentando as redes sociais e a internet de modo geral.
Muita gente deve estar se perguntando qual o motivo desse mundo de gente famosa tomando banho de água fria com gelo e desafiando outras por ai?
Na verdade isso faz parte de uma campanha chamada Ice Bucket Challenge para arrecadar fundos para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica. Os desafiados ou cumprem o desafio, ou doam U$100,00 para a ALS Foundation. Claro que quem cumpre também pode doar. A campanha que virou uma febre entre os famosos, já aumentou e muito o valor das arrecadações.
Aqui no Brasil, celebridades como Ivete Sangalo, Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, Thiaguinho e Luciano Huck já participaram e desafiaram outros colegas. As doações nesse caso, são revertidas para a ABRELA. Acessando o link você tem mais informações sobre como fazer a sua doação.
Mas afinal de contas, o que é Esclerose Lateral Amiotrófica?
Segundo a ABRELA, Esclerose Lateral Amiotrófica, se caracteriza por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento dos neurônios motores superiores (clônus e sinal de Babinski) e dos neurônios motores inferiores (atrofia e fasciculações). É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, frequentemente o termo ELA é utilizado indistintamente para outras formas de doenças do neurônio motor. O envolvimento predominante é o da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores). seguindo-se comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes. Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os seguimentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres não são usualmente afetados.
As capacidades mentais e psíquicas permanecem frequentemente inalteradas. A ELA não afeta as funções corticais superiores como a inteligência, juízo, memória e os órgãos dos sentidos.

E como nós Terapeutas Ocupacionais podemos atuar com esses pacientes? Aqui vão algumas dicas!

O TO deve orientar técnicas de conservação de energia, para evitar fadiga desnecessária na execução das atividades do dia - a - dia, como por exemplo, realizar algumas tarefas na posição sentada e apoiar os cotovelos.

Fazer uso da Tecnologia Assistiva para engrossar talheres e escovas, adaptar mobiliário e peças de vestuário também ajudam na redução do gasto energético e facilitam a execução de tarefas que podem ser difíceis para os pacientes.




Prescrição de cadeira de rodas quando se torna necessário. A cadeira deve ser prescrita de acordo com o tamanho do paciente, para que sua postura, segurança e conforto sejam maiores.

E por fim, a prescrição de órteses de membro superior para evitar deformidades e contraturas, além de aumentar funcionalidade para algumas atividades de vida diária.


Pessoal, por hoje é isso! Espero que o post tenha ajudado de alguma forma na campanha e na atuação dos TOs!
E não deixem de participar da campanha fazendo sua doação!
Até a próxima!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Horta Terapêutica

Bom dia TOs! O assunto de hoje é Horta Terapêutica.
Criar uma horta que tenha caráter terapêutico permite a expressão, espontaneidade, conhecimento das potencialidades e limitações, além de promover o desenvolvimento emocional, social, físico e intelectual. Todos esses fatores permitem que o paciente adquira mais autonomia e independência. Além disso, dependendo da região onde a horta será inserida, os pacientes em sua maioria moram na zona rural, o que permite que eles utilizem as técnicas aprendidas em atendimento, em suas casas. É também esperado que eles adquiram com o passar do tempo, hábitos mais saudáveis, consumindo aquilo que plantam.
É possível criar uma horta em qualquer espaço que permita a construção de canteiros com terra e adubo de qualidade. Além disso são necessárias mudas e/ou sementes daquilo que se deseja plantar e alguns materiais como rastelo, enxada, barbantes coloridos (para espantar os pássaros) ou telas para se iniciar as atividades.
Antes de cada atividade na horta, é interessante realizar um alongamento com os pacientes.
Além dos cuidados e colheita, é legal fazer uma relação do contato com a terra, do desenvolvimento das plantas com a nossa vida, além de fazer outras atividades como, por exemplo, plaquinhas de identificação dos alimentos plantados e preparo daquilo que for colhido.
As hortas podem ser grandes, pequenas, circulares, suspensas, enfim, o formato não importa desde que os pacientes se interessem em cultivá-las.




E você, já trabalhou com esse tipo de atividade?
Até a próxima!