segunda-feira, 18 de agosto de 2014

E o que é esse tal de banho de água fria e gelo?

Olá pessoal! Hoje vim falar sobre um assunto que está movimentando as redes sociais e a internet de modo geral.
Muita gente deve estar se perguntando qual o motivo desse mundo de gente famosa tomando banho de água fria com gelo e desafiando outras por ai?
Na verdade isso faz parte de uma campanha chamada Ice Bucket Challenge para arrecadar fundos para o tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica. Os desafiados ou cumprem o desafio, ou doam U$100,00 para a ALS Foundation. Claro que quem cumpre também pode doar. A campanha que virou uma febre entre os famosos, já aumentou e muito o valor das arrecadações.
Aqui no Brasil, celebridades como Ivete Sangalo, Fátima Bernardes, Ana Maria Braga, Thiaguinho e Luciano Huck já participaram e desafiaram outros colegas. As doações nesse caso, são revertidas para a ABRELA. Acessando o link você tem mais informações sobre como fazer a sua doação.
Mas afinal de contas, o que é Esclerose Lateral Amiotrófica?
Segundo a ABRELA, Esclerose Lateral Amiotrófica, se caracteriza por paralisia progressiva marcada por sinais de comprometimento dos neurônios motores superiores (clônus e sinal de Babinski) e dos neurônios motores inferiores (atrofia e fasciculações). É a forma mais comum das doenças do neurônio motor e, por isso, frequentemente o termo ELA é utilizado indistintamente para outras formas de doenças do neurônio motor. O envolvimento predominante é o da musculatura dos membros (membros superiores mais que os inferiores). seguindo-se comprometimento bulbar, geralmente de caráter assimétrico. Muitas vezes, precedendo ou seguindo-se a instalação dos sintomas os pacientes queixam-se de cãibras. Fraqueza, atrofia e fasciculações nos membros são os sinais clínicos mais proeminentes. Mais tarde, são afetadas as funções vocais e respiratórias. Os nervos cranianos, que controlam a visão e os movimentos oculares, e os seguimentos sacros inferiores da medula espinhal, que controlam os esfíncteres não são usualmente afetados.
As capacidades mentais e psíquicas permanecem frequentemente inalteradas. A ELA não afeta as funções corticais superiores como a inteligência, juízo, memória e os órgãos dos sentidos.

E como nós Terapeutas Ocupacionais podemos atuar com esses pacientes? Aqui vão algumas dicas!

O TO deve orientar técnicas de conservação de energia, para evitar fadiga desnecessária na execução das atividades do dia - a - dia, como por exemplo, realizar algumas tarefas na posição sentada e apoiar os cotovelos.

Fazer uso da Tecnologia Assistiva para engrossar talheres e escovas, adaptar mobiliário e peças de vestuário também ajudam na redução do gasto energético e facilitam a execução de tarefas que podem ser difíceis para os pacientes.




Prescrição de cadeira de rodas quando se torna necessário. A cadeira deve ser prescrita de acordo com o tamanho do paciente, para que sua postura, segurança e conforto sejam maiores.

E por fim, a prescrição de órteses de membro superior para evitar deformidades e contraturas, além de aumentar funcionalidade para algumas atividades de vida diária.


Pessoal, por hoje é isso! Espero que o post tenha ajudado de alguma forma na campanha e na atuação dos TOs!
E não deixem de participar da campanha fazendo sua doação!
Até a próxima!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

A Horta Terapêutica

Bom dia TOs! O assunto de hoje é Horta Terapêutica.
Criar uma horta que tenha caráter terapêutico permite a expressão, espontaneidade, conhecimento das potencialidades e limitações, além de promover o desenvolvimento emocional, social, físico e intelectual. Todos esses fatores permitem que o paciente adquira mais autonomia e independência. Além disso, dependendo da região onde a horta será inserida, os pacientes em sua maioria moram na zona rural, o que permite que eles utilizem as técnicas aprendidas em atendimento, em suas casas. É também esperado que eles adquiram com o passar do tempo, hábitos mais saudáveis, consumindo aquilo que plantam.
É possível criar uma horta em qualquer espaço que permita a construção de canteiros com terra e adubo de qualidade. Além disso são necessárias mudas e/ou sementes daquilo que se deseja plantar e alguns materiais como rastelo, enxada, barbantes coloridos (para espantar os pássaros) ou telas para se iniciar as atividades.
Antes de cada atividade na horta, é interessante realizar um alongamento com os pacientes.
Além dos cuidados e colheita, é legal fazer uma relação do contato com a terra, do desenvolvimento das plantas com a nossa vida, além de fazer outras atividades como, por exemplo, plaquinhas de identificação dos alimentos plantados e preparo daquilo que for colhido.
As hortas podem ser grandes, pequenas, circulares, suspensas, enfim, o formato não importa desde que os pacientes se interessem em cultivá-las.




E você, já trabalhou com esse tipo de atividade?
Até a próxima!

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Terapia Ocupacional e o Cuidador

Boa tarde pessoal!
O blog hoje fala um pouco sobre o cuidador familiar. Em diversas áreas de atuação do Terapeuta Ocupacional, é provável que ele precise trabalhar com esse tipo de público, que independentemente da doença, síndrome, deficiência ou sequela que o paciente tem ou adquiriu, passam por um momento de tensão intra familiar, já que se faz necessário a reorganização de papeis dentro do contexto da família, que "define" alguém para assumir essa responsabilidade. São vários os motivos que fazem com que a pessoa assuma o papel de cuidador: obrigação moral; aspectos culturais e religiosos; a ausência de outras pessoas para o cuidado; as dificuldades financeiras.
O processo de cuidar de um familiar é complicado, pois acarreta aos cuidadores uma sobrecarga potencialmente promotora de estresse, ansiedade, medo e sofrimento, evoluindo por diversas vezes para um processo de desequilíbrio familiar.
O cuidador assume algumas funções extras. São elas:

Atenção e solidariedade para com a pessoa cuidada;
Incentiva e auxilia nas atividades de lazer, sociais, familiares e ocupacionais;
Auxilia e incentiva a participação do indivíduo em suas atividades de vida diária;
Administra medicações (quando necessário);
Faz o elo entre a equipe de saúde e os demais membros da família;
É o responsável por seguir as orientações dos profissionais (exemplo: o uso correto de uma órtese).

Ao fazer uma busca na internet para escrever esse post, notei que são vários os artigos que avaliam a sobrecarga do cuidador, que falam do cuidador mas com foco voltado para o paciente, falam das funções que um cuidador exerce, mas poucos dão "soluções" ou mostram intervenções que foram feitas voltadas para esse público. Então, com base no que aprendi e vivenciei, pensei aqui algumas possibilidades de atividades que podem auxiliar na diminuição do estresse do cuidador.

1. Auto massagem
Encontrei essa imagem que é bem explicativa sobre alguns tipos de auto massagem que podem ser passados para o cuidador. Ele pode ser orientado a fazer pausas durante o dia e sempre que possível realizar esse tipo de exercício para aliviar as tensões.


2. Alongamento
Pausas durante o dia para aplicar alguns alongamento simples são capazes de relaxar a musculatura do nosso corpo e aliviar dores e tensões.

3. Atividade prazerosa
Todo mundo tem alguma atividade que tem interesse em praticar. Pode ser artesanal, de leitura, escrita, algum instrumento musical, esporte, enfim, algo que tem desejo de fazer.
Nesse caso, o Terapeuta Ocupacional pode criar grupos ou fazer um atendimento individual, voltado ao cuidador. Um momento em que ele possa focar toda sua atenção para si e deixar os demais problemas com o familiar um pouco de lado. Pode ser em um período onde a pessoa cuidada está recebendo atenção de outro profissional ou familiar (um fisioterapeuta, por exemplo).
O TO pode ajudar o cuidador no seu auto - conhecimento, trazendo para esses momentos desejos e até despertando sensações e atividades novas.
Um exemplo muito legal é o cultivo de hortas. Elas podem ser suspensas, no chão, feitas com material reciclável, da maneira como for melhor para o seu paciente.

Hoje as dicas foram essas!
E vocês, tem alguma sugestão para trabalhar com os cuidadores? Deixe então seu comentário!
Até a próxima.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Dicas para usar na comunicação alternativa

Boa noite pessoal!
Hoje tenho o prazer de falar sobre um assunto que muito me interessa! A Comunicação Suplementar e Alternativa.
Durante a graduação tive a oportunidade de trabalhar em um projeto de extensão com uma das pessoas mais referenciadas quando se trata de comunicação alternativa no Brasil: Débora Deliberato. Fora isso, também tive aula com ela, e passei a me interessar pelo assunto.
Mas e o que é Comunicação Alternativa?
É uma área da tecnologia assistiva que se destina à ampliação de habilidades de comunicação. Ela é voltada para a pessoa sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.
Pode acontecer valorizando outros canais de comunicação do indivíduo, como gestos, sons e expressões, que identifiquem desejos e necessidades como por exemplo, sim, não, tchau, oi, dor, fome e outros.
Fora esse tipo de comunicação é possível que seja ampliado o repertório comunicativo com auxílios externos. São eles:
Cartões de comunicação, são organizados por categorias e permitem que a pessoa selecione o que deseja para montar sentenças.

As pranchas de comunicação são organizadas em pastas e divididas em temáticas, de acordo com as necessidades do paciente.
Para os que sabem ler e escrever uma boa opção é a prancha de comunicação alfabética, que consiste em uma prancha com as letras do alfabeto. O paciente aponta as letras e assim é capaz de formar as palavras.

No Brasil, são vários os vocalizadores existentes. Vocalizador é um aparelho (existem de vários tamanhos, cores, formatos, modelos) que permitem que a imagem seja impressa e colocada, além da frase ou palavra correspondente com a imagem. O usuário clica na figura e é emitido o som que foi gravado previamente.

Esses foram alguns exemplos, mas cada recurso é construído de maneira personalizada, levando em consideração as necessidades e especificidades de cada indivíduo. Para construção desses recursos, é necessário utilizar um sistema simbólico. Um dos mais conhecidos é o PCS (Picture Communication Symbols. Ele possui como características desenhos simples e claros, fácil reconhecimento, adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos. No Brasil esse sistema está disponível por meio do software Boardmaker.
O Boardmaker permite criar pranchas das mais diversas. Com imagens coloridas, ou em preto e branco, editadas, enfim, é o software mais completo para comunicação alternativa. Ele não é dos mais baratos, mas pra quem trabalha com isso, vale muito a pena. Quem quiser comprar, segue o link aqui.
Mas para quem não tem interesse por enquanto, existem algumas pranchas do Boardmaker prontas disponíveis no Google, além de ser possível utilizar imagens retiradas de revistas, fotos e da internet.

Um site que quebrou muito meu galho foi o ARASAAC. Ele tem vários símbolos que podem ser usados nesse tipo de trabalho. Com ele já fiz alguns jogos de tabuleiro, como o já mostrado aqui.

Além de tudo isso, existem os aplicativos para Android e IOS que podem ser usados para comunicação alternativa. Eu já tive oportunidade de usar o Adapt.
O Adapt tem a desvantagem de ser em espanhol, mas mesmo assim, em alguns casos é possível usar. Ele já tem uma prancha pronta (que é possível editar) e um espaço para texto livre. Quando se clicar em alguma imagem ou se escreve um texto, é produzido som.

Um aplicativo que ainda não testei, mas que é muito utilizado é o Que-Fala! Ele permite que se edite pranchas, baixe no dispositivo e utilize.Aqui no site é possível ter mais informações e baixar o aplicativo.

E pra finalizar, selecionei dois recursos que fiz durante a graduação utilizando a comunicação alternativa, e um artigo da Débora Deliberato que é bem curtinho, mas muito completo sobre o que é Comunicação Alternativa, os cuidados ao montar um recurso e outros. Basta clicar aqui.
Prancha Boardmaker (música Borboletinha).

Livro adaptado (Chapeuzinho Vermelho) com bonecos, figuras e áudio.

Por hoje é só! Espero que tenham gostado!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

A Terapia Ocupacional e o idoso com Alzheimer

Pessoal boa noite! Como estão?
Nós sabemos que são várias as doenças que podem atingir um idoso e que muitas delas decorrem em grande parte dos hábitos que levamos ao longo da vida e outras influenciadas por fatores genéticos. Mesmo assim, eu decidi selecionar apenas uma dessas doenças por conta de uma motivação pessoal. Meu avô foi diagnosticado com Alzheimer, e desde então, esse é um tema que estudo muito, pra tentar ajudá-lo de alguma forma.
Então, já que tenho estudado tanto, achei justo compartilhar esses estudos com vocês!

"A doença de Alzheimer é a forma mais frequente de demência em idosos. É caracterizada por um progressivo e irreversível declínio em certas funções intelectuais: memória, orientação no tempo e no espaço, pensamento abstrato, aprendizado, distúrbios da linguagem, da comunicação e da capacidade de realizar tarefas cotidianas. Incluem também sintomas como a incapacidade de julgamento." (Sayeg, 2000).

Os principais sintomas são:
* Perda de memória, confusão e desorientação;
* Ansiedade, agitação e desconfiança;
* Alteração da personalidade;
* Dificuldade com as atividades de vida diária;
* Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
* Alucinações, perda de peso, incontinência urinária e fecal;
* Dificuldades com a fala e comunicação;
* Movimentos e fala repetitiva.

Para lidar com o idoso com Alzheimer é necessário:
* Ter calma e paciência;
* Falar lentamente;
* Dar-lhe tempo para pensar e responder;
* Estabelecer rotinas diárias;
* Estimular tarefas de acordo com a sua capacidade;
* Ambiente agradável e sereno;
* Estimular sua independência;
* Integração social;
* Mantê-lo orientado;
* Treinamento de memória;
* Suporte para a família;
* Acompanhamento multiprofissional.

O papel do Terapeuta Ocupacional será de analisar e conhecer a rotina, histórico de vida, posição do paciente na sociedade, suas capacidades e o que está prejudicado para traçar um plano de tratamento que condiz com aquele paciente.
Algumas atividades podem ser muito exploradas para resgatar e/ou manter a funcionalidade do paciente. Dentre essas atividades, as auto-expressivas, lúdicas, laborativas e cognitivas podem dar muito certo nesses casos.
Para que o post não fique muito extenso e apenas com texto, procurei um exemplo para cada tipo de atividade citado acima.

1. AUTO-EXPRESSIVAS
As artes como por exemplo, pintura, música, dança, teatro, argila permitem que o paciente imprima em seu trabalho angústias, medos e desejos que podem ser trabalhados nos atendimentos posteriormente.

Desenhar em um papel a silhueta de uma pessoa e permitir que o paciente escreva, pinte ou desenhe naquela imagem como se ela representasse a própria pessoa, também pode trazer os sentimentos do indivíduo.

2. ATIVIDADES LÚDICAS
Envolvem a descontração e o brincar, além de envolverem funções psíquicas como: atenção, concentração, memória, volição, pensamento lógico e outros. Caso seja realizada em grupos, promove a socialização.

3. ATIVIDADES LABORATIVAS
Atividades que tenha um produto final que pode ou não ser concreto. Nessa categoria se encaixam crochê, pintura, marcenaria, exercícios físicos e outros. Elas trabalha a auto - estima, a tolerância ao trabalho, reforçam habilidades e permitem a descoberta novas possibilidades. 

4. ATIVIDADES COGNITIVAS
Com um material simples (palitos de sorvete coloridos e imagens que dispõe os palitos em diversas posições e ordem de cores) é possível estimular a capacidade cognitiva do idoso. Ele deve seguir e colocar os palitos de acordo com o que mostra a imagem.

Além dessas atividades, o T.O. pode fazer um trabalho com os cuidadores do idoso com Alzheimer, já que esses na grande maioria são familiares, que estão sobrecarregados e que em muitos casos não aceitam a doença do familiar.

O T.O. também pode adaptar o ambiente em que o paciente vive de acordo com suas necessidades, como por exemplo, retirando itens que podem favorecer quedas (tapetes, mesas de centro e outros), sinalizando degraus, rampas e desníveis, engrossando cabos de escovas de dentes, de cabelo e talheres, para os acamados dando atenção aos posicionamentos e muitas outras necessidades que possam surgir com a progressão da doença.

O Terapeuta Ocupacional pode usar uma anamnese para avaliar o indivíduo e alguns instrumentos padronizados, como o Mini Mental, Escala de Lawton e Brody e Classificação de idosos quanto à capacidade para o autocuidado.

Como em todas as áreas, não existe uma receita de bolo para os atendimentos, no entanto, eu espero que essa e as demais postagens possam ajudar vários T.O. em seu trabalho.
Você já teve alguma experiência com idoso com Alzheimer? Conta pra gente como foi!
Obrigada
Um beijo e até a próxima.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Mas e o que é Terapia Ocupacional?

Boa noite pessoal!
Eu iniciei o blog na semana passada, postei várias coisas, crie a página no face que trata tudo de T.O. Mas e ai, todo mundo sabe o que é Terapia Ocupacional?
Selecionei algumas definições para postar aqui e no final coloco o que eu acho que a T.O. tem de melhor!


1. Guia do Estudante
"Área que estuda e emprega atividades de trabalho e lazer no tratamento de distúrbios físicos e mentais e de desajustes emocionais e sociais. O terapeuta ocupacional utiliza tecnologias e atividades diversas para promover a autonomia de indivíduos com dificuldade de integrar-se à vida social em razão de problemas físicos, mentais ou emocionais. O profissional elabora planos de reabilitação e adaptação social, buscando desenvolver no paciente autoconfiança e orientando-o quanto a seus direitos de cidadão. Ele atende desde recém-nascidos e crianças até adultos e idosos, para a promoção, a prevenção e a recuperação de disfunções. Também cria e faz avaliação de atividades físicas, podendo prestar atendimento individual ou em grupo. O terapeuta trabalha em clínicas, asilos, hospitais, instituições geriátricas, psiquiátricas e penais, centros de saúde, de convivência e de reabilitação, creches e empresas. Além disso, o profissional está habilitado a prestar atendimento aos pacientes em domicílio."
No site do Guia do Estudante você encontra mais informações e até um teste de orientação profissional. Basta clicar aqui.

2. COFFITO
"É uma área do conhecimento, voltada aos estudos, à prevenção e ao tratamento de indivíduos portadores de alterações cognitivas, afetivas, perceptivas e psico-motoras, decorrentes ou não de distúrbios genéticos, traumáticos e/ou de doenças adquiridas, através da sistematização e utilização da atividade humana como base de desenvolvimento de projetos terapêuticos específicos."
No site do COFFITO você também encontra o que faz o "Terapeuta Ocupacional". COFFITO

3. VUNESP
"A Terapia Ocupacional é uma profissão da área da saúde, com forte inserção nas áreas social e da educação. Busca desenvolvimento, tratamento e reabilitação de pessoas de qualquer idade que tenham seu desempenho ou sua convivência afetados por problemas motores, cognitivos, emocionais e de inserção social. Um dos traços da profissão é a utilização das diferentes propriedades presentes nas atividades humanas como recurso terapêutico para desenvolver, restaurar ou ampliar as capacidades funcionais das pessoas. O objetivo de sua ação é encontrar meios para que as pessoas alcancem sua autonomia, independência e utilizem ao máximo suas potencialidades. Para alcançar esses objetivos, o terapeuta ocupacional promove a adaptação de utensílios e de mobiliário, mudanças no ambiente doméstico ou de trabalho. Ele também oferece treinamento funcional e de atividades da vida diária, além de orientar cuidadores familiares. Esse especialista prescreve, ainda, a confecção de órteses, que são aparelhos ou dispositivos ortopédicos de uso provisório, para alinhar, prevenir ou corrigir deformidades ou melhorar a função das partes móveis do corpo. Entre os espaços de atuação da Terapia Ocupacional, estão hospitais, clínicas, centros de reabilitação, ambulatórios, hospitais psiquiátricos, hospitais-dia, centros de atenção psicossocial, unidades básicas de saúde, unidades de saúde da família, escolas, creches, asilos, empresas, oficinas terapêuticas e profissionalizantes, UTIs e enfermarias."
P.S.: Não é puxando para o lado da VUNESP, mas pra mim essa é uma das melhores definições da T.O.
No site você também encontra informações sobre o curso da UNESP, Universidade em que estudei. Link aqui

4. FMRP USP
"A Terapia Ocupacional é um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na esfera social reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia de pessoas que, por razões ligadas à problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais apresentam temporariamente ou definitivamente dificuldade na inserção e participação na vida social.
A Terapia Ocupacional utiliza como instrumento de trabalho a ATIVIDADE, tendo como significado o fazer (ocupação) do homem em sua vida cotidiana e nas suas relações com o ambiente.
A intervenção do terapeuta ocupacional se dá através das atividades como recurso terapêutico previamente analisadas, de acordo com a necessidade de cada indivíduo, podendo ser individuais ou grupais (oficinas terapêutica, profissionalizantes, educativas, grupos de humanização, etc).
Mais informações aqui.

5. Gabriela Tripicchio Gonçalves
É claro que minha definição não é nada técnica, ou algo a partir daquilo que tirei de livros ou referências importantes. Essa é uma definição que vem do coração!
Pra mim, a Terapia Ocupacional é uma profissão da saúde (frase que sempre uso pra começar a minha longa explicação sobre o que T.O. pra alguém), que me permite trabalhar com diversos públicos, com todo tipo de gente, classes sociais e idades.
É uma profissão super humana e que em todas as experiências permite que se aprenda mais com as situações do que ensinar. É sem limites! Sem limites de criatividade, de amor e de estudos. 
Eu aprendi também que para alguns familiares eu serei sempre Fisioterapeuta, e pra outros Terapia Ocupacional é uma mistura de "Fisioterapia com Psicologia" (não desmerecendo os colegas ok?!).
Nessa de trabalhar com vários públicos, você pode explorar de TUDO, tudo mesmo! Diversos assuntos, objetos, materiais que você jamais pensou em usar, passam a fazer parte do cotidiano. É poder ajudar alguém em coisas super banais, que ninguém jamais pensaria dificultar tanto a vida como, por exemplo, cortar um pão. É uma profissão que de longe é rotineira. Hoje você é princesa, amanhã é pirata; hoje você usa uma recurso ultra moderno, amanhã precisa improvisar com o que tem. Ser T.O. é gostar de viver, de se reinventar, de mudar e criar!
É conhecer pessoas maravilhosas, companheiras, leais, outras nem tanto (existe em todo lugar não é?) mas que de qualquer maneira te ensinam e muito (é claro que aprender com doçura é muito melhor).
AAAAH! Ser e ter um(a) T.O. é booooom demais!


Bom, acho que é isso!
E pra você... Qual é a sua Terapia Ocupacional?
Um beijo
Até a próxima.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

A Copa do Mundo como tema dos atendimentos

Boa tarde pessoal!
Hoje a nossa seleção enfrenta a Colômbia na Copa do Mundo e seguindo no ritmo, eu separei algumas atividades que podem ser feitas com esse tema.
Que tal um jogo da memória com as seleções que participaram da copa de 2014? É uma atividade que pode dar certo com diversos públicos, além de ser facilmente graduada, aumentando ou diminuindo o número de peças em jogo.
Que tal para os pequenos uma bandeira toda pontilhada para que eles possam primeiro contornar, colorir e até mesmo recortar? Dá pra trabalhar os conceitos de dentro e fora, de respeitar os espaços, preenchendo apenas dentro do que a linha está delimitando, cores, força de preensão e pressão, coordenação motora fina, dentre outros.
Outro jogo que muita gente gosta! O bingo! No exemplo são usados os nomes das Seleções participantes, além de algumas figuras, mas dá pra fazer sua própria cartela usando os jogadores das seleções, as cidades que estão sediando os jogos, enfim, o que a criatividade permitir!
Essa eu adorei! Que tal pegar uma imagem como essa ai de cima e fazer um trabalho de resgate de identidade ou de memórias do seu paciente? Use o rosto de pessoas do convívio dele ou pessoas que já conviveram para montar a seleção do paciente! 
E que tal decorar o espaço em que são feitos os atendimentos? A decoração pode ser feita pelos próprios pacientes, individualmente ou em grupo, usando materiais simples, como papel, fitas, EVA, material reciclável e tudo aquilo que sua imaginação e seus objetivos permitirem!
O boliche também é um jogo que muita gente gosta, é fácil de confeccionar, permite que se gradue a dificuldade e os objetivos que se quer alcançar com ele. Como estamos no clima da Copa, dá pra usar a imagem dos jogadores da seleção, as cores das bandeiras ou até mesmo a imagem das próprias bandeiras. Ai é só soltar a imaginação!
Outra atividade que pode ser utilizada é o futebol! Trabalha vários componentes e diverte que está participando! Também permite graduação da atividade e caso o terapeuta não encontre um kit como esse dá foto, dá pra fazer o gol de cano de PVC!
A culinária também é muito utilizada nos atendimentos! E se para assistir os jogos, você passasse ao seu paciente essa receita super fácil de espetinho de frutas? Basta escolher as frutas que se quer usar (morango, uva, manga, kiwi, maçã, mamão, banana e por ai vai), lavá-las, cortá-las e colocá-las no espetinho! 
E por último esse é um "esquema" de um recurso que usei durante meu estágio na graduação. Não tenho foto então por isso fiz essa "arte" no Paint para vocês entenderem como funciona. Também não fui eu quem confeccionou. O material já estava lá, e não sei o nome dos autores (quem souber, por favor, informe nos comentários).
Era um campo de futebol feito em uma placa de madeira, como dois velcros presos como mostra a figura, além de duas bolinhas revestidas de velcro. O objetivo do jogo era chegar do outro lado para marcar o gol. Então eu ficava com uma bolinha e meu paciente outra. Quem chegasse primeiro do outro lado ganhava! Ele trabalhava de forma lúdica com esse material, amplitude de movimento e força muscular.

Bom pessoal, é isso!
Espero que vocês tenham gostado!
Se alguém tiver uma outra dica, não deixe de compartilhar com a gente!
Um beijo e até a próxima!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Jogos de Tabuleiro

Boa noite pessoal!
Hoje o post continua tratando de jogos, mas agora são jogos de tabuleiro.
São diversos os jogos e várias as possibilidades de utilizá-los em atendimentos.
É possível criar o seu próprio jogo, comprar jogos prontos ou até mesmo baixar alguns da internet.
Na pouca experiência que tenho já usei jogos com reabilitação de terapia de mão, em hospitais psiquiátricos, com pacientes com lesões neurológicas, idosos, crianças (com algum atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, deficiência ou que apenas estavam internadas em enfermaria pediátrica por pouco tempo).
Acho que nesses casos, é preciso que antes de comprar ou criar o próprio material, pensar no objetivo que se pretende alcançar, no público e na atividade em si, ou seja, ANÁLISE DE ATIVIDADE - um de nossos diferenciais - . Um mesmo material também pode ser usado em diversas situações, com vários pacientes e com muitos objetivos. Um exemplo disso, é o jogo de dominó, que muitas vezes é empregados aos idosos em reabilitação cognitiva, ou com crianças para estimular o raciocínio lógico, ou até mesmo os dois com os dois grupos de pacientes.
Outros jogos que muito me interessam são os de realidade virtual, utilizando consoles como Nintendo Wii e Xbox, no entanto, vou deixar esse assunto para tratar em outro post.
Como gosto de deixar aqui alguns exemplos, vou listar alguns materiais que já usei:
* Lince;
* Pega Vareta;
* Dama;
* Dominó;
* Cilada;
* Cara - a - Cara;
* Ludo;
* Resta um;
* Jogos de encaixe.

Além desse, já usei tabuleiros retirados da internet e adaptei de acordo com aquilo que precisava. Caso você queira fazer isso, basta colocar no Google "jogos de tabuleiro" ou "jogos de tabuleiro para imprimir" que são várias as opções que aparecem.


Outra coisa que deu muito certo foi confeccionar o jogo com os próprios pacientes. Certa vez, fiz isso com mais duas colegas com um grupo de crianças que estavam com problemas de comportamento. Enquanto eles confeccionavam, sem perceber, estavam trabalhando em grupo, tendo que resolver as coisas juntos, o que acabou sendo parte dos procedimentos para alcançar os objetivos.
Como disse, também já elaborei alguns. E vou deixar disponível para vocês usarem um tabuleiro que confeccionei para usar com uma criança com Paralisia Cerebral que passava por atendimento no setor de Ortopedia de um hospital. Em conjunto ao tabuleiro, usava por exemplo, massinha de modelar, o que me permitia graduar a atividade.
Essa é a foto do jogo. Para baixar o arquivo basta clicar aqui.
Para dar acabamento, usei contact colorido e transparente para aumentar a durabilidade, além de engrossar as peças com EVA. O que precisava ser mais "firminho" como o tabuleiro e dado, usei papelão.
As regras do jogo estão no arquivo, porém, caso tenha alguma dúvida basta postar nos comentários, e-mails ou facebook.
Quem tiver alguma sugestão também tem toda liberdade!
Espero que tenham gostado!
Um beijo!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

9 aplicativos úteis em terapia

Boa tarde pessoal!
Hoje estou aqui para falar um pouco sobre Aplicativos. No mundo moderno em que vivemos, essas tecnologias (desde que usadas com moderação) podem ser muito úteis, inclusive em terapia.
Eu vou falar aqui de alguns aplicativos que já usei. Existem muuuuitos outros com toda certeza, mas prefiro listar aqui apenas os que já testei e contar para vocês como foi a experiência.

1. PEPI TREE LITE
O Pepi Tree Lite é a versão gratuita do Pepi Tree. Toda a brincadeira se passa em uma árvore, repleta de animais da floresta. Um dos jogos que eu mais uso do Pepi Tree Lite é o da "Coruja". Nesse espaço do aplicativo, o ambiente é escuro e com uma luz a criança deve buscar os animais que estão escondidos e assimilá-los com a sombra correspondente ao animal.
Para isso, então é necessário que a criança conheça os animais e seja capaz de realizar essa associação entre o bicho e sua silhueta.
Existem outros jogos dentro do Pepi Tree Lite, como o por exemplo, o ciclo da Borboleta, desde quando ela é uma lagarta, passando pelo casulo até se transformar em borboleta, no entanto, como não uso esse e outros com frequência vou passar para o próximo aplicativo.

2. PEPI BATH LITE
Outro aplicativo que uso muito também da Pepi Play, é o Pepi Bath Lite, versão gratuita do Pepi Bath.
Com ele é possível trabalhar a higiene e AVDs com as crianças.
Para concluir todas as etapas do jogo, é preciso que a criança (pode-se escolher menino ou menina) limpe o nariz, corte as unhas, escove os dentes, penteie os cabelos e lave as mãos. Além disso, a criança tem outra tarefa para cumprir: colocar na lavanderia a roupa suja para lavar, colaborando com os pais e deixando tudo bem organizado.
Além dessas atividades, na versão paga, é possível ainda que a criança use o banheiro e tome banho.

3. TOILET TRAINING
Seguindo essa linha de Higiene e AVDs, o Toilet Training da Babybus é ótimo para o treino de uso do banheiro. Ele permite que a criança faça passo-a-passo do uso do banheiro.
A única coisa é que as crianças aparecem aleatoriamente, ou seja, não dá para escolher se vai usar um menino ou uma menina no jogo.
É possível associá-lo ao uso de brincadeiras lúdicas e o uso do banheiro propriamente dito.

4. APLICATIVOS FISHER PRICE
Foi muito interessante usar TODOS os aplicativos da Fisher Price disponíveis para Android. Apesar de serem em inglês, eu consegui usar com algumas crianças e elas adoraram.
Os aplicativos de modo geral, trabalham noção de cor, forma, tamanho, quantidade, partes do corpo, além de serem sempre muito lúdicos.
O que mais usei foi o que trabalha os números com animais! Ele conta com animais da fazenda e da selva, faz o som dos bichinhos que aparecem em quantidades diferentes, de acordo com o números.
Se você colocar Fisher Price no Play Store vão aparecer vááários! Ai é só baixar e testar!

5. CANÇÕES INFANTIS EM PORTUGUÊS
Esse nada mais é do que um aplicativo repleto de músicas infantis em português (como o próprio nome já diz). Você pode optar é claro por ter apenas as músicas para utilizar com as crianças, porém o legal desse aplicativo é que ele tem um cenário e em cada elemento que você clica, se inicia uma música e aquele elemento fica se movimentando. Algumas músicas podem ser utilizadas para trabalhar dentro do contexto da terapia (ritmo, coordenação motora, temático e etc), ou simplesmente podem ajudar a criar o vínculo com novas crianças.

6. APLICATIVOS FUN4KIDS
Esse é outro desenvolvedor muuuuito bom! Eu já usei vários aplicativos da Fun4Kids e todos foram ótimos. São jogos da memória, quebra-cabeça e outros, todos com figuras de animais, números, letras e que permitem a graduação da dificuldade e do tempo, sendo muito acessível para diversos casos.
Os jogos são em inglês, mas isso não impede em nada de usá-los. São muito bons!

7. APLICATIVOS LISBON LABS
Outro desenvolvedor muito bom é o Lisbon Labs. Os aplicativos que já usei deles são os de histórias. Todas em português e com ilustrações lindas! Conforme você vira a página (são muito parecidos com livros), uma voz narra o que está escrito naquela parte.
O grande problema são os anúncios. No meio da história aparecem vários!
Ele é muito legal para ser usado em oficinas de contação de histórias e em enfermarias pediátricas.

8. PRESCHOOL CONNECT THE DOTS
Esse aplicativo é um "ligue os pontos". É você quem seleciona se os pontos serão marcados por números ou letras.
O aplicativo é em inglês e é pago, mas vale a pena. Suas figuras não são tão infantis, o que permite também que se use o aplicativo com adultos.

9. GINGER FALANTE
Siiim! Eu uso o gatinho fofo que todo mundo brinca com a voz! Além dessa brincadeirinha, ele é ótimo também para treino de AVD, pois é possível usar o banheiro, dar banho, secar e escovar os dentes do gatinho (tudo de modo bem lúdico). Fora isso, ao completar todas as tarefas, você ganha peças de um quebra-cabeça, que depois de completo pode ser jogado!
E o que eu mais uso é o timer para escovação dos dentes. Assim a criança pode acompanhar o gatinho na escovação. Dá muito certo!

E é isso! O post ficou um pouco extenso, eu sei! Maaas, mesmo assim, acho que será muito útil e de grande valia para os que trabalham ou gostariam de começar a trabalhar com esse tipo de material!

Espero vocês nos comentários me contando os aplicativos que vocês usam e dando dicas e sugestões para o blog!
Até a próxima!
Beijos.